O que é urticária e quais os sintomas?

urticaria dra natasha ferraroni

Frequentemente, ao nos depararmos com manchas vermelhas pelo nosso corpo, imaginamos que o motivo possa ser uma simples picada de mosquito. Entretanto, quando as manchas vermelhas apresentam um aspecto inchado, seguido de uma forte coceira, fique atento, pois existe a possibilidade de você ter contraído urticária.

Desse modo, nesse texto explicaremos tudo o que você precisa saber sobre essa doença: o que é, quais são seus tipos, os sintomas e muito mais. 

O que é urticária?

Primeiramente, é importante ressaltar que, diferente do que muitas pessoas imaginam, a urticária não é necessariamente uma reação alérgica, apesar do seu aspecto parecido. Veja que a doença é caracterizada por uma extensa reação da pele que pode ser causada por infecções, medicamentos, alimentos, calor ou outros estímulos.

A urticária aparece em diferentes regiões do corpo – como nas pernas ou nos braços – sempre acompanhada de manchas vermelhas salientes e coceira intensa. Por fim, seus sintomas podem ser sentidos tanto por adultos, quanto por crianças.

Quais são os tipos de urticária?

Basicamente, existem dois tipos de urticária e o que distinguem ambos é o se tempo de evolução:

  • Aguda – (<6 semanas) Prevalência: 8% a 20% dos adultos em todo o mundo;
  • Crônica – (>6 semanas) Prevalência: 0,1% a 1,8% dos adultos em todo o mundo.

A princípio, a forma aguda da enfermidade geralmente é mais difícil de ser identificada e tratada, uma vez que a sensibilização a vários elementos é comum (até 80% dos pacientes com alergias são sensíveis a mais de um alérgeno).

Além disso, identificar o alérgeno óbvio nem sempre é suficiente. Respostas alérgicas podem se desenvolver a substâncias antes toleradas, e a sensibilização a alérgenos sazonais e perenes geralmente se acumulam para desencadear sintomas.

Confira os tipos de urticária de acordo com as suas causas

  • Emocional ou nervosa: aqui a doença costuma se manifestar com maior intensidade durante momentos de estresse ou ansiedade;
  • Colinérgica: surge após aumento da temperatura corporal, devido a banhos quentes, ingestão de alimentos quentes ou exercício físico, por exemplo, e os sintomas duram cerca de 90 minutos;
  • Pigmentosa: esse tipo é mais comum em bebês e o seu surgimento ocorre em função do excesso de células do sistema imune na pele, conhecidas como mastócitos;
  • Contato: aparece após o contato com substâncias alergênicas, como látex ou resina, por exemplo;
  • Solar: provocada pela exposição ao sol e, por isso, o paciente deve evitar ficar exposto aos raios solares.

Vale lembrar que além dos tipos citados acima, temos também a urticária vasculite, uma forma menos comum da enfermidade e que provoca inflamação das veias, podendo causar sintomas como dor ou queimação no local afetado.

Quais são os sintomas?

De antemão, um dos principais sintomas é a vermelhidão na pele acompanhado de uma coceira intensa e ardor, além de elevações rosadas que lembram muito vergões. Não há como precisar o tamanho das lesões causadas pela urticária, que podem variar de poucos milímetros a muitos centímetros.

Além disso, embora as manchas avermelhadas normalmente desaparecem sem deixar marcas, tenha em mente que elas podem voltar a se manifestar em qualquer região do corpo. 

Complicações

Os casos de urticária, na sua grande maioria, costumam ser benignos, entretanto, problemas mais graves como o surgimento do angioedema podem ocorrer. 

Em síntese, o angioedema causa inchaço nas mucosas, mais precisamente nos lábios, olhos, língua, mãos, pés ou genitália. Acontece que, por vezes, essa condição configura uma emergência médica, já que o edema nas vias respiratórias pode provocar rouquidão e dificultar a respiração do paciente.

O que pode causar a doença? 

Até o momento não se sabe exatamente quais são as causas por detrás do aparecimento da urticária, mesmo que diversas pesquisas mostrem que a sua forma aguda pode aparecer por estímulos de origem imunológica ou não.

Em geral, a urticária pode se manifestar após o paciente ficar exposto a alguma substância contida em determinados alimentos, sobretudo, aqueles que possuem corantes e conservantes na sua composição. 

Quadros de estresse e ansiedade, medicamentos, temperaturas elevadas, frio intenso e contato também podem desencadear a doença. Em pessoas que possuem urticária crônica, uma crise de urticária pode ser induzida pela exposição ao frio ou ao calor e por conta do uso de roupas apertadas. 

Como diagnosticar corretamente? 

Antes de tudo, o médico responsável fará uma análise da história clínica do paciente, investigando seus hábitos alimentares, uso de medicamentos e o aspecto das lesões. É comum a realização de exames de sangue e testes cutâneos, os quais contribuem na identificação dos fatores desencadeantes.

Porém, nem sempre é possível determinar a causa da urticária crônica. Quando isso acontece, a doença é classificada como urticária crônica espontânea idiopática e apresenta reflexos negativos no comportamento do dia a dia dos pacientes.

Tratamentos

Se possível, o tratamento precisa ser iniciado com a lavagem da região afetada com água e sabão, eliminando as substâncias alérgicas. 

Vale lembrar que nos casos mais agudos da doença, onde os sintomas são intensos e ainda não foi possível identificar a causa da urticária, o médico pode receitar remédios anti-alérgicos, como loratadina, cetirizina e hidroxizina, por exemplo, ou remédios corticoides tópicos, ou orais, para aliviar a coceira e o inchaço. A utilização de compressas frias ou cremes calmantes também ajudam a aliviar os sintomas.

Por último, é importante ter em mente que todo tratamento contra urticária precisa ser realizado por um médico especialista, seja ele um alergista ou dermatologista. Qualquer outra atitude diferente dessa, pode piorar o estado da doença, complicando ainda mais o quadro clínico do paciente.

E aí, gostou da leitura? Aproveite para ler também o artigo “Vermelhidão na pele: O que pode ser?“.

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